Memento mori (feat. o Papa)
Pe. Stefano Manelli
Um dia, um príncipe teve a graça de se confessar ao Papa Pio IX. O Santo Padre confessou-o com muito carinho, achando-o bem preparado. Ao dar-lhe a penitência, no entanto, ele percebeu que o penitente estava tendo dificuldade tanto no que diz respeito à penitência do jejum, a da oração mais longa, e a de uma peregrinação… Ao Papa, então, veio à mente uma penitência bastante curiosa: deu ao penitente um anel de ouro no qual estavam gravadas duas palavras: “Memento mori” (“Lembra-te que morrerás”), com a obrigação de usá-lo no dedo e ler essas duas palavras pelo menos pela manhã, dizendo a si mesmo: “Talvez este será o último dia da minha vida… “, e à noite, dizendo: “Morrer… este é o meu destino! Serei salvo?”.
O penitente ficou muito feliz com uma penitência tão leve, agradeceu ao Papa e prometeu-lhe que certamente o faria. Essas duas palavras, lidas de manhã e à noite, bastaram para impeli-lo lentamente a uma conversão radical da vida, feita de oração e penitência. De fato, alguns anos depois, tendo se encontrado novamente com o Papa Pio IX, o príncipe lembrou ao Santo Padre: “Santidade, eu sou o penitente do anel… desde aquela confissão até hoje, não cometi nenhum pecado mortal: o pensamento da morte me faz vencer qualquer tentação”.
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Fonte: MANELLI, Pe. Stefano. Os novíssimos.